Pânico

O transtorno de pânico é um transtorno de ansiedade (veja em ansiedade e stress) que consiste em ataques de ansiedade muito intensos. São crises muito intensas que trazem um sofrimento muito intenso para quem as tem e para quem presencia.

O pânico é a intensidade de ansiedade mais alta de todos os transtornos de ansiedade, suas crises têm duração de alguns minutos (20min), mas para quem as têm parece que duraram horas. O paciente sente que está perdendo o controle, que vai enlouquecer ou então que está tendo algum problema médico grave como um AVC ou que está enfartando.

As crises podem ocorrer em qualquer lugar, e às vezes pela intensidade dos sintomas podem criar uma experiência traumática! Por exemplo, ter uma crise de pânico no cinema, faz com que o individuo evite ir ao cinema com medo de ter uma nova crise. Por vezes, algumas pessoas, principalmente as que não se tratam corretamente, têm crises em vários locais diferentes e desenvolve comportamento evitativo em todos eles, acarretando que a pessoa não mais saia de casa com medo da crise. Isso é o “medo do medo”.

Causas

O transtorno de pânico possui aspectos genéticos, mas o principal fator é o stress crônico, principalmente se houver um conflito “sem saída”. Esta é uma situação na qual o indivíduo sofre uma pressão, um stress mas que ele não vê possibilidades de resolver. Por exemplo: muitos problemas no trabalho, porém sem ter a condição de trocá-lo ou se demitir por causa de dívidas.
Outro fator importante é o uso de álcool e drogas, principalmente os estimulantes (cocaína e anfetaminas), mas é também muito freqüente em usuários de maconha.

Sintomas

Sensação de morte iminente, medo de perder o controle e enlouquecer; despersonalização (parece que não está lá, como se tivesse num filme por exemplo) e desrealização (o mundo parece diferente, estranho, fantasioso), mal estar no peito, aperto intenso (confunde com infarto), coração fica acelerado, sensação de falta de ar, parece que o ar não entra, sudorese , tremores e tontura.

Diagnóstico

Uma crise única de pânico, não faz o diagnóstico. O indivíduo precisa ter crises recorrentes com mudança comportamental ou de hábitos de vida. Muitas doenças clínicas podem ter sintomas semelhantes aos do Transtorno de Pânico, por isso é fundamental que se faça uma investigação médica para excluir outros diagnósticos.

Tratamento

O tratamento é feito principalmente com medicações que aumentem a serotonina (antidepressivos) e costuma ser eficaz. Pode ser que inicialmente seja necessário o uso de mais de uma medicação para alivio dos sintomas ou para abortar as crises. A resposta costuma ser bastante satisfatória já no primeiro mês de uso.

Da mesma forma que muitos outros transtornos, quanto mais tempo se demora para iniciar o tratamento, mais resistente são os sintomas e mais prejuízos na vida o paciente acumula.

A prática de exercícios é bastante recomendada. A melhora do condicionamento fisco é benéfica para aliviar os sintomas de stress e ansiedade.

As psicoterapias podem ajudar o paciente a identificar seus conflitos e seus comportamentos disfuncionais, propiciando desenvolvimento e elaboração além de técnicas que podem aliviar os sintomas durante as crises.